Thursday, March 24, 2005

SALAZAR FOI O MAIOR DOS VERDADEIROS COMUNISTAS ?

Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.

Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não pelas ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.

Jamais empregarei o insulto ou a agressão de modo que homens dignos se considerassem impossibilitados de colaborar. No exame dos tristes períodos que nos antecederam, esforcei-me sempre por demonstrar como de pouco valiam as qualidades dos homens contra a força implacável dos erros que se viam obrigados a servir. E não é minha a culpa se, passados vinte anos de uma experiência luminosa eles próprios continuam a apresentar-se como inteiramente responsáveis do anterior descalabro, visto teimarem em proclamar a bondade dos princípios e a sua correcta aplicação à Nação Portuguesa. Fui humano.

Penso ter ganho, graças a um trabalho sério, os meus graus académicos e o direito a desempenhar as minhas funções universitárias. Obrigado a perder o contacto com as ciências que cultivava, mas não com os métodos de trabalho, posso dizer que as reencontrei sob o ângulo da sua aplicação prática; e folheando menos os livros, esforcei-me em anos de estudo, de meditação, de acção intensa, por compreender melhor os homens e a vida. Pude esclarecer-me.

Não tenho ambições, não desejo subir mais alto e entendo que no momento oportuno deve outrem vir ocupar o meu lugar, para oferecer ao serviço da Nação maior capacidade de trabalho, rasgar novos horizontes e experimentar novas ideias ou métodos. Não posso envaidecer-me, pois que não realizei tudo o que desejava; mas realizei o suficiente para não poder dizer que falhei na minha missão. Não sinto por isso a amargura dos que merecida ou imerecidamente não viram coroados os seus esforços e maldizem dos homens e da sorte. Nem sequer me lembro de Ter recebido ofensas que em desagravo me induzam a ser menos justo ou imparcial. Pelo contrário, neste país, onde tão ligeiramente se apreciam e depreciam os homens públicos, gozo do raro privilégio do respeito geral. Pude servir. »

Wednesday, March 23, 2005

PORTUGAL

Afinal quem foi SALAZAR ?

Bom na realidade, pouco sei deste homem odiado por muitos que falam e respeitado por muitos que calam.
Alem das palavras de ordem ensinadas pelos nossos "CAMARADAS DE ABRIL" pouco ou nada se sabe deste homem.
Porque razão não querem, não gostam nem deixam os nossos "CAMARADAS DE ABRIL" que se fale de SALAZAR.
O meu desafio é que os blogistas escrevam quais as principais diferenças e semelhanças entre SALAZAR / OTELO ( O do Campo Pequeno).
Que raio de ditador foi esse que morreu pobre num País de tantos ladrões. Como podemos dizer ao resto do MUNDO que o nosso ditador morreu pobre, quando os ditadores deles se fartaram de roubar e morrem todos com abastadas FORTUNAS.
Será esta a razão pela qual os nossos "CAMARADAS DE ABRIL" não gostam que se fale de SALAZAR. Se é têm toda a razão é uma vergonha e é inaceitavel.
E esse "Grande Homem" que foi o Otelo, onde anda ele. A defender a "Democracia Dele".
Porque razão fez o DITADOR , mais Escolas e Hospitais do que os nossos "CAMARADAS DE ABRIL" nestes 30 Anos pós terramoto de 74.
Bom uma coisa é verdade existe democracia desde que seja para dizer mal do Ditador, para dizer bem é que á que ter um pouco de cuidado.